Carta 17
Caro Augusto
Boal:
Eu
e meus amigos temos um grupo de teatro do oprimido há cinco anos, e já
desenvolvemos diversos trabalhos, estamos montando mais coisas atualmente, nós
somos de Planaltina, e trabalhamos com o método do teatro invisível, escolhemos
esse método pois queríamos ver como o inesperado atinge as pessoas, e qual a
reação delas à desestruturação do que aparentemente estava estruturado?
E
percebemos que as pessoas gritam, brigam, outras se indignam, outras refletem,
algumas descobrem possibilidades, e nesse sentido não há padrão que fique
indiferente ao acontecido. A maioria das cenas, gera um agitamento por parte do
expectador por ele perceber nas situações apresentadas que existem contradições
e incoerência nos valores instituídos em nossa sociedade, e através disso o expectador
pode perceber que nem tudo que foi aprendido é um final, e que existem outras
possibilidades de ver e viver em sociedade.
Trabalhando
com o Teatro Invisível, pude perceber que a aprendizagem não se limita ao
espaço da escola. A própria escola, as vezes, serve como instrumento para
transmitir saberes instituídos, quando deveria também ser um espaço para a
construção de novos conhecimentos, os quais podem ser gerados a partir da
dúvida ou da desconstrução do que é dito como verdade. Nesse caso, o elemento
estranho é o propulsor de tais dúvidas e desconstruções. Podemos definir
Elemento Estranho, como tudo aquilo que causa assombro, desconforto, surpresa,
que mobiliza nossa atenção e que nos instiga a pensar em detrimento da dúvida.
Acho que o Teatro do Oprimido se encaixa muito bem
na atual situação do Brasil, e que sempre tem temas a serem abordados
relacionados a aspectos sociais e políticos da atualidade.
Este trabalho é muito importante, principalmente o fator de mostrar as pessoas que existem outras possibilidades de ver e viver em sociedade, por meio do teatro. Também em levar o teatro a outros espaços sem ser a escola, gerando uma especie de desconstrução. Concordo que é necessário observar a situação atual do Brasil.
ResponderExcluirDanielle Rodrigues Silva 3ª- C.J
Os brasileiros têm uma visão muito polarizada e valores bem contraditórios e incoerentes, esse trabalho realizado por vocês é muito relevante para mostrar uma nova visão e despertar uma mudança em relação a isso, não desistam nunca!
ResponderExcluir_João Pedro P. Ghesti 3°A CorJesu
Muito interessante sua forma de ver e mostrar o teatro para os outros, para pessoas leigas que temos em todo mundo, é muito interessante o transmitir o seu conhecimento. Continue assim!!
ResponderExcluirMaria Eduarda Veloso Sampaio
A relação entre a forma que o grupo escolheu mostrar seu teatro e a situação atual do país é realmente intrigante, nos faz pensar!
ResponderExcluir-Bruna Gonçalves de Souza Lima
Ótimo trabalho, serviu de muito aprendizado para mim, a analise feita em relação ao atual cenário do Brasil, realmente se encaixa muito bem, parabéns.
ResponderExcluir- Felipe Moreira
A leitura da carta, me leva a uma grande reflexão do mundo atual, em como é importante explorar os conhecimento e ir muito além daquilo que aprendemos em uma escola, sair dessa bolha saindo total da nossa zona de conforto. Os elementos utilizados pelo grupo no teatro em levar esse agitamento para o expectador, é muito interessante. Um projeto incrível nos leva a conhecimentos sociais e políticos através do teatro oprimido.
ResponderExcluir- Ana Clara Araújo
A carta nos faz enxergar e refletir os diversos problemas que se encontra o mundo atual, é que a busca pelo conhecimento pode mudar o mundo, que precisamos sair da zona de conforto e buscar mais conhecimento para assim, mudarmos o mundo. A utilização do teatro junto com suas técnicas é uma forma muito importante e eficaz pra levar esse agitamento ao expectador. E o teatro do oprimido nos leva a debater áreas políticas e sociais.
ResponderExcluir- Daniel Alves Zacarias