Carta 16
Querido Augusto Boal,
Nós não nos
conhecemos. Então, primeiramente irei me apresentar me chamo Carolina e por
volta de cinco anos multiplico o Teatro do Oprimido. O trabalho do meu grupo é
voltado para questões sofridas por mulheres desde a infância e os traumas que
refletem em quem são hoje. E é muito gratificante mulheres conseguindo ter voz
ativa e podendo enxergar certos problemas de uma perspectiva diferente, com o
olhar de outro que até mesmo já passou por algo similar. Essa sensação de que
não esta só e que as circunstancias podem mudar, conforta.
Agora que me
apresentei, é um prazer vir falar com o Senhor. Bom, estive pensando e
refletindo sobre a situação a qual estamos enfrentando atualmente, foi aí então
que resolvi te escrever.
Vou lhe atualizar em
relação ao que esta acontecendo. No momento, o Mundo está passando por uma
pandemia. Sim, PANDEMIA. Além disso, como se já não fosse o bastante, o Brasil
vem enfrentando sérios problemas políticos, com um representante bem incoerente,
chamado Bolsonaro. Gostaria de ressaltar que países liderados por mulheres teve
destaque ao combate a pandemia. Diante a todo esse cenário, como não me lembrar
de Teatro do Oprimido que é tão político e social.
Quero então te
agradecer por nos proporcionar esse método que nos permite focar em situações
tão pessoais e ao mesmo tempo tão sociais, que abre espaço para que todos
possam dar soluções às problemáticas. E principalmente, falando como mulher que
mesmo em tempos tão modernos, ainda sofre a opressão pelo simples fato de ser
mulher. Seria um sonho se tudo isso fosse um jogo teatral de Teatro do Oprimido
e alguém levantasse da plateia e resolvesse o caos.
Com gratidão.
OI Carolina! Parabéns pelo projeto, é tão bom ver iniciativas como essa, infelizmente ainda há muitas mulheres que precisam de ajuda, admiro muito o seu trabalho. Vamos torcer para que essa pandemia acabe logo!! com certeza tudo irá melhorar!
ResponderExcluirIsabel Cristina Cristaldo Barreto
Essa carta me mostra que as mulheres não estão sozinhas, temos umas as outras e que bom que você tenha esse projeto onde pode ajudar essas mulheres que já passaram por algum tipo de sofrimento simplesmente por ser quem é, muito obrigada por isso e boa sorte.
ResponderExcluirAndressa Nogueira Ferreira
Ana Clara Gonçalves - Espu COC
ResponderExcluirOlá Carolina! É um prazer responder sua carta tendo em vista a admirável maneira que você utiliza do Teatro do Oprimido como uma maneira de resistência, expressão e liberdade perante a vivência dessas mulheres e o peso que essas carregam. Saiba que Boal estaria orgulhoso de ver suas técnicas sendo usadas para um propósito social tão grande.
Fico feliz também quando você ressaltou que a pandemia está sendo melhor administrada por líderes femininas enquanto países com presidentes claramente com ideais machistas, se veem desesperados e emergem em um colapso de saúde e economia.
Por fim, espero que você continue utilizando de Boal como um caminho que une a arte com a resistência. Seu trabalho é incrível!
Apesar de estarmos no ano de 2020, é lamentável o fato de ainda existirem casos de violência ou aversão a mulher por ser mulher. Boal será eternizado como um gênio por pessoas como você Carolina, que busca levar a público o choque que o oprimido sofre a séculos. Agradeço muito por existir pessoas como você que busca usar seu amor pelo teatro para propagar a arte a todos e buscar de todas as formas calar a voz do opressor e elevar a voz do oprimido. Acredito que Augusto está muito orgulhoso por ter pessoas como você como representante de suas filosofias.
ResponderExcluir-Isaque dos Santos Sousa 3 EM do Colégio ESPU-COC Taguatinga
Carolina, fico muito feliz de ver iniciativas como essa, que estão dando voz às mulheres que sempre estiveram no papel de oprimidas. É um momento extremamente delicado e eu gostaria que houvesse mesmo alguém para "levantar da plateia" e resolver esse caos. Obrigada.
ResponderExcluirKamily Gomes Medrado - espu coc